
A noite mais longa do ano | Solstício de inverno
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Cresci acreditando na força da natureza. De criança a adulta, aprendi a observar seus ciclos, suas fertilidades, transformações, mortes e renascimentos.
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Cresci, acreditando na força da natureza.
De criança a adulta aprendi a observar meus ciclos, minhas fertilidades, transformações, mortes e renascimentos.
Aprendi a me sintonizar comigo mesma e a viver esse organismo intrínseco que eu sou, junto com o todo, assim como é com a minha árvore preferida e a terra.
O dia de hoje - aliás, a noite de hoje -, simboliza a morte para os pagãos. Temos o dia mais curto do ano, e a noite mais longa. É a maior das escuridões.
Aprendi que, assim como a natureza tem seus momentos, eu também tenho os meus e que isso vibra em perfeita harmonia com o universo.
Aprendi que morrer não significa perecer a alma. Significa abrir espaço. Aceitar o fim do ciclo da vida sobre determinado aspecto. Aceitar que ainda haverá vida após (ess)a morte. Seja a vida de quem fica, seja nossa própria vida.
A sabedoria pagã, observadora da natureza, distribui entre as estações o ciclo da vida: nascimento, crescimento, amadurecimento e morte. Primavera, verão, outono e inverno.
Estamos na mudança cíclica entre o amadurecimento e a morte. Tiremos um minuto para entender isso, para apreciar isso.
O que estamos liberando? O que amadurecemos e é hora de deixar morrer, em nós?
Viva! Ao solstício de inverno ✨
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• ilustração via @broken_isnt_bad & edição por @calandgraf
• texto por @patriciaputz.arquitetura
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